05 maio 2015

Cidades de Papel, John Green

Temos que confessar que John Green é uns dos autores mais reconhecidos nos últimos tempos. Tal reconhecimento vem com grandes responsabilidades. Todos que leem suas histórias esperam que se surpreenda a cada nova leitura.

“Cidades de Papel” é o terceiro livro do autor publicado em 2013 no Brasil que conta, basicamente, a história de Quentin. Um menino que possui desde pequeno uma paixão platônica por Margo Roth Spiegelman. Que numa certa noite, os dois vivem uma aventura inesquecível. Proporcionando a Q a melhor noite da sua vida.

O livro aborda vários temas que nos faz questionar. Dentre eles: a visão que as pessoas têm sobre as outras. Podemos levar isto para o nosso dia a dia, quantas vezes não conhecemos alguém de fato, mas temos um preceito sobre ela? Várias! Ou então se analisarmos o sentido de idealizar alguém, John Green desmitifica a ideia da garota perfeita.

Quanto mais eu trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos. Pág. 227

O livro é dividido em três partes: Os fios, a relva e o navio. Na primeira, a leitura corre solta. As páginas são gostosas de serem lidas, pois a escrita flui muito bem. Confesso que para mim a história seria aquela apresentada na primeira parte. Depois, tudo muda. Há uma reviravolta no enredo que perde a sintonia do leitor para com o livro. A história antes apresentada torna-se uma nova num ritmo inferior.

John Green, para escrever “Cidades de Papel”, se inspirou no livro “Na Natureza Selvagem” de Jon Krakauer que relata a história de Christopher McCandless, que foi um viajante americano que morreu depois de caminhar sozinho na selva alasquiana com pouca comida e equipamento.

Pelo que andei pesquisando muitas pessoas gostaram da narrativa, mas desgostou do final. Comigo foi diferente, Green não nos deu o final que todos esperam que tenha (isso seria um spoiler?). Então, para mim, foi extremamente satisfatório.

Como disse no inicio, é muito difícil para o escritor. Por seus livros fazerem sucesso, ele tem a cobrança de lançar algo sempre mais promissor. O que às vezes não acontece.

Contudo, a leitura foi minuciosa, cheia de detalhes sobre cidades fantasmas, o que acredito ter sido um pouco penoso para pesquisar sobre. Um deleite para quem procura um livro leve.

Lembrando que a adaptação do livro estreia no dia 16 de Julho.

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